Dar à luz pode ser um momento transformador na vida de uma mulher, principalmente quando ela tem toda a assistência necessária para garantir o seu bem-estar e o do bebê
O parto humanizado surgiu no Brasil no início da década de 90 como resultado de uma tendência mundial para redução nas intervenções médicas durante o parto, e a marcante, mas tardia, percepção da existência da temida violência obstétrica.
No meio acadêmico, o Prof. Jorge Kuhn foi o grande defensor e desbravador das teorias do parto humanizado. Após estágio em 1990 e 1991 na Alemanha, trouxe os preceitos da humanização do parto ao Brasil. Embora inicialmente tenha enfrentado grande resistência, ao longo do tempo muitas de suas teorias se provaram corretas, e hoje estão eternizadas na prática obstétrica brasileira.
Essa deferência ao querido Prof. Jorge Kuhn vem pelo fato de o Prof. Alan Hatanaka ter sido seu aluno, e hoje ter a alegria de dividir a cadeira de docente na disciplina de Obstetrícia Fisiológica e Experimental da Universidade Federal de São Paulo, ao lado de seu professor.
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O que significa parto humanizado?
Diversos significados já foram dados ao parto humanizado, muitas vezes deturpando sua origem. O conceito que o Prof. Alan Hatanaka adota e ensina é:
“Parto humanizado é aquele em que a mulher tem sua autonomia respeitada durante o processo da parturição, com o menor número de intervenções possíveis, sempre baseando-se nas melhores evidências científicas.”
Dessa forma, podemos dizer que o parto humanizado é muito mais do que a forma, o local e o momento em que o bebê nasce. É simplesmente sobre protagonismo e respeito.
Como funciona o parto humanizado?
O princípio mais básico do parto humanizado é o respeito ao protagonismo da mulher, com segurança. Para isso, é importante que os profissionais envolvidos no processo e a mãe estejam em consonância quanto aos seus desejos e necessidades.
No caso do parto humanizado, é importante que as necessidades da parturiente sejam respeitadas e tratadas como prioridade, desde que não representem quaisquer riscos a ela ou ao bebê. Para isso, é importante que a preparação para esse momento comece no pré-natal.
O pré-natal humanizado não diz respeito a extremos, como alguns imaginam. Nessa etapa, além de se realizar exames e tratar doenças, devem ser demonstradas as melhores evidências a respeito do parto. Obviamente que informações enviesadas, sem embasamento científico, podem induzir a gestante ao erro, desrespeitando o princípio básico da humanização, que é o respeito à autonomia.
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A construção de uma relação médico-paciente harmoniosa e respeitosa é construída ao longo da gravidez e é fundamental no parto humanizado. O Prof. Alan Hatanaka estimula (e cobra) que o companheiro(a) esteja nas consultas, pois é parte fundamental no momento da parturição.
A multidisciplinaridade deve ser respeitada já no pré-natal, quando as mulheres devem realizar a consulta com enfermeira obstetra, fisioterapeuta com especialização em parto e pelve feminina, pediatra, além de outros profissionais, de acordo com a necessidade de cada mulher.
Devem ser transmitidos conceitos de analgesia não farmacológica (como os princípios de hipnose de Velkovski), princípios de mecânica da bacia (spinning babies), posições de parto, de lesões perineais, clampeamento tardio do cordão umbilical, temperatura e iluminação adequadas da sala, direito a presença do acompanhante, formas de controle da vitalidade fetal, golden hour, contato pele a pele, dentre vários outros detalhes, que farão parte do plano de parto (1–3).
Sendo assim, o parto humanizado começa bem antes das contrações: inicia com seu cuidadoso planejamento no pré-natal.
Diante de nenhum fator que o impossibilite, a mulher tem o controle de decisões importantes sobre o momento do parto, com o apoio dos profissionais de saúde envolvidos.
O Prof. Alan Hatanaka conta com uma equipe especializada em parto humanizado, composta por obstetra, enfermeira obstetra, anestesista e neonatologista, todos com elevada formação acadêmica e enorme experiência prática.
Parto humanizado é parto normal?
Uma das principais questões levantadas pelas gestantes a respeito do parto humanizado é sobre a possibilidade de este ser realizado apenas como um parto normal. Apesar de a maioria dos partos humanizados serem normais, isso não é uma regra.
Isso porque, apesar de muitos casos de violência obstétrica se caracterizarem pela realização forçada da modalidade cesariana, a maioria dos partos cesáreos não ocorrem nesse contexto. Pelo contrário, são, muitas vezes, necessários e outras vezes, uma solicitação da própria gestante.
Sendo assim, uma vez que o conceito de parto humanizado está atrelado ao respeito à autonomia e ao protagonismo da mulher, desde que as evidências relativas a um parto normal e cesáreo tenham sido expostas, a cesárea poderá, sim, ser realizada — sempre com a anuência da mulher.
Vantagens de um parto humanizado
Por ser baseado nas melhores evidências científicas, o real parto humanizado tem uma série de vantagens.
Vantagens para a mãe
- Maior satisfação com o parto;
- Recuperação mais rápida;
- Menor taxa de blues e depressão pós-parto;
- Maior protagonismo do companheiro(a), que deve participar ativamente do processo da parturição;
- Menor número de intervenções médicas.
Vantagens para o bebê
- Menor chance de hipotermia (contato pele a pele e temperatura da sala);
- Menor chance de hipoglicemia (golden hour e amamentação precoce);
- Maior chance de sucesso no aleitamento (em virtude da amamentação precoce e presença de enfermeira obstetra)
- Menor chance de traumas obstétricos, pela menor manipulação.
Como faço para ter um parto humanizado?
Para o Prof. Alan Hatanaka, não há opção de o parto não ser humanizado. Qualquer preceito que fuja do conceito correto de parto humanizado, poderá configurar violência obstétrica.
Para que ocorra um parto normal, existem condições clássicas, que são:
- Bebê em posição, tamanho e vitalidade adequados;
- Bacia proporcional ao tamanho do feto;
- Contrações adequadas.
Mas para que o parto seja humanizado, o Prof. Alan Hatanaka soma mais dois fatores:
- Os profissionais: devem ter o treinamento e a motivação para realização do parto humanizado;
- O local: a maternidade deve dar condições para que o parto humanizado ocorra.
O Prof. Alan Hatanaka é Chefe da Disciplina de Obstetrícia Fisiológica e Experimental da Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina. Ensina aos seus residentes e alunos os preceitos da humanização de pré-natal e parto, que aprendeu ao longo da sua vasta experiência obstétrica.
A equipe do Prof. Alan Hatanaka está aguardando seu contato para iniciar a jornada de uma Gravidez Saudável e Segura
Referências Bibliográficas
- Ministério da Saúde. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal. Nomura R, Wender MCO, Braga Neto ARB, editors. Vol. 1. Brasília: Ministério da Saúde do Brasil; 2022. 1–118 p.
- WHO recommendations Intrapartum care for a positive childbirth experience Executive summary.
- Elvander C, Ahlberg M, Thies-Lagergren L, Cnattingius S, Stephansson O. Birth position and obstetric anal sphincter injury: a population-based study of 113 000 spontaneous births. BMC Pregnancy Childbirth. 2015 Dec 9;15(1):252.