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O que caracteriza uma gravidez de alto risco?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

A gravidez de alto risco deve ser vista como uma gestação que precisa de cuidados adicionais para preservar a saúde da mãe e do bebê

A gravidez, sem dúvida, é o momento mais especial e marcante da vida de uma família. Cada mulher reage de maneira única à notícia de um bebê, mas todas, independentemente do sentimento, têm emoções intensas. Enquanto algumas experimentam alegria e entusiasmo1, especialmente se a gravidez é planejada e desejada, outras podem sentir ansiedade, medo ou rejeição2. Fatores como circunstâncias socioeconômicas, suporte social, saúde mental prévia e gravidez planejada ou não influenciam significativamente essas emoções3.

Se a gestação em si já traz uma avalanche de sentimentos, diante de um diagnóstico de gravidez de alto risco a insegurança irá aflorar de maneira ainda mais intensa. Nesse momento, é fundamental que a gestante tenha um obstetra especializado em gestação de alto risco para que possa acolhê-la, estar disponível e dar-lhe as corretas orientações.

Dr. Alan Hatanaka

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O que é uma gravidez de alto risco?

Uma gravidez de alto risco, segundo o Ministério da Saúde, é aquela na qual se identificam doenças maternas prévias ou mesmo adquiridas durante a gestação que podem colocar em risco a vida da mãe ou do bebê4.

Embora esse conceito seja amplamente aceito, ele é apenas teórico, pois toda mulher pode ter intercorrências graves durante a gestação, mesmo estando diante de uma gravidez de baixo risco. Por esse motivo, estar com um obstetra experiente e atualizado, independentemente do risco gestacional, é extremamente importante.

Fatores que caracterizam uma gravidez de alto risco

O manual de gestação de alto risco do Ministério da Saúde publicado em 2022 classifica as gestações em gravidez de alto risco, risco intermediário e baixo risco5. A lista de condições que indicam uma gravidez de alto risco é extensa e elencaremos apenas algumas delas, as mais frequentes5.

Antecedentes clínicos:

  • Idade materna menor ou igual a 15 anos e maior ou igual a 35 anos;
  • Obesidade 6-10;
  • Desnutrição e hipovitaminose 11-13;
  • Doenças clínicas (cardíacas, pulmonares, neurológicas, renais, reumatológicas, hematológicas e autoimunes);
  • Hábitos de vida (tabagismo, etilismo e uso de drogas);
    • Trombofilia e trombose;
    • Malformações müllerianas;
    • Leiomiomas uterinos maiores de 4cm ou múltiplos;
    • Neoplasias;
    • Cirurgia bariátrica;
    • Transplantes.

Antecedentes obstétricos5,14,15

  • Abortamento de repetição;
  • Óbito perinatal;
  • Aloimunização RH;
  • Acretismo placentário;
  • Pré-eclâmpsia grave;
  • Restrição do crescimento fetal;
  • Parto prematuro;
  • Cesariana de repetição;
  • Malformações.

Gestação atual5

  • Gestação gemelar;
  • Gestação por reprodução assistida;
  • Malformação fetal;
  • Diabetes gestacional com necessidade de insulina;
  • Pré-eclâmpsia;
  • Tromboembolismo;
  • Infecção urinária recorrente;
  • Doenças infecciosas (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, HIV);
  • Restrição de crescimento fetal;
  • Desvios da quantidade de líquido amniótico (oligoâmnio ou polidrâmnio);
  • Insuficiência istmo-cervical;
  • Anemia refratária a tratamento;
  • Hemorragias na gestação (placenta prévia, acretismo placentário);
  • Colestase gestacional (prurido ou icterícia persistente).
Dr. Alan Hatanaka

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Cuidados necessários em uma gravidez de alto risco

A primeira coisa que a mulher deve fazer diante de uma gravidez de alto risco é procurar um obstetra capacitado e com experiência para que possa acolhê-la e tranquilizá-la. A melhor forma de tranquilizar uma gestante nessa situação é mostrando informações atualizadas e de qualidade. O Prof. Dr. Alan Hatanaka costuma mostrar o conteúdo que ministra em suas aulas para alunos e em congressos durante as consultas. Isso traz confiança ao tratamento e permite que a mulher consiga curtir esse momento único sem traumas.

A experiência e conhecimento na realização de procedimentos para prevenção de intercorrências é fundamental. Bons exemplos disso são a realização de cerclagem e a colocação de pessário, que, se realizados de maneira inadequada, podem inclusive aumentar o risco de parto prematuro.

A alimentação saudável associada a uma suplementação vitamínica correta e racional é fundamental. A suplementação de ferro e ácido fólico devem ser feitas rotineiramente, com especial atenção à anemia, pois o seu uso está associado à redução de prematuridade e a fetos pequenos para a idade gestacional16.

O excesso de vitamina e o uso de vitaminas sem comprovação de eficácia e segurança devem ser amplamente combatidos pelos obstetras especialistas em gravidez de alto risco. Por exemplo, a suplementação de altas doses de vitamina C (1g) associada à vitamina E aumenta o risco de rotura prematura das membranas e óbito perinatal17.

É importante ressaltar que, numa gravidez de alto risco, há a necessidade de monitoramento mais frequente da saúde da mãe e do feto. Realizar a ultrassonografia durante a consulta com um profissional altamente capacitado e com um aparelho de alta tecnologia dá a oportunidade de monitorização mais rigorosa da vitalidade e da anatomia fetal. Isso possibilita condutas mais ágeis e confiáveis. Em sua formação, o Prof. Dr. Alan Hatanaka fez uma segunda residência em Medicina Fetal, tem título de especialista na área e cadastramento na Fetal Medicine Foundation (Londres) e ministra diversas aulas sobre ultrassonografia na universidade e em congressos.

O contato direto com o seu obstetra através das ferramentas de telemedicina, como WhatsApp, Google Meet, Zoom e Freestyle Libre, foi regulamentado pelo CFM em 202218. Esses instrumentos são fundamentais para o controle de doenças como pré-eclâmpsia, diabetes, restrição de crescimento e infecções. Inúmeros estudos já foram publicados e outros estão em desenvolvimento, demonstrando a eficácia e a melhora na assistência numa gravidez de alto risco.

A mulher que se depara com uma gravidez de alto risco merece uma atenção clínica especial com um especialista no assunto. Entretanto, não se deve negligenciar as angústias que resultam de um diagnóstico como esse. O primeiro passo sempre é acolher e transmitir segurança através de informação de qualidade e conduta assertiva.

A equipe do Prof. Alan Hatanaka está aguardando o seu contato para iniciar a jornada de uma gravidez saudável e segura. 

 

Referências bibliográficas

  1. Mercer RT. Becoming a Mother Versus Maternal Role Attainment. Journal of Nursing Scholarship. 2004;36(3):226-232. doi:10.1111/j.1547-5069.2004.04042.x
  2. Biaggi A, Conroy S, Pawlby S, Pariante CM. Identifying the women at risk of antenatal anxiety and depression: A systematic review. J Affect Disord. 2016;191:62-77. doi:10.1016/j.jad.2015.11.014
  3. Lancaster CA, Gold KJ, Flynn HA, Yoo H, Marcus SM, Davis MM. Risk factors for depressive symptoms during pregnancy: a systematic review. Am J Obstet Gynecol. 2010;202(1):5-14. doi:10.1016/j.ajog.2009.09.007
  4. Ministério da Saúde do Brasil. Gravidez. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/g/gravidez#:~:text=Gesta%C3%A7%C3%A3o%20de%20alto%20risco%3A%20%C3%A9,problemas%20card%C3%ADacos%2C%20entre%20outras).
  5. Brasil. Ministério da Saúde, Eduardo de Souza. Estratificação do risco obstétrico no pré-natal. In: Eduardo de Souza, Antônio Rodrigues Braga Neto, Edward Araújo Júnior, Raphael Câmara Medeiros Parente, eds. Manual de Gestação de Alto Risco. 1a ed. Ministério da Saúde – Secretaria de Atenção Primária à Saúde Departamento de Ações Programáticas; 2022:11-23.
  6. Kim SS, Zhu Y, Grantz KL, et al. Obstetric and Neonatal Risks Among Obese Women Without Chronic Disease. Obstetrics & Gynecology. 2016;128(1):104-112. doi:10.1097/AOG.0000000000001465
  7. Rubens M, Ramamoorthy V, Saxena A, McGranaghan P, Veledar E, Hernandez A. Obstetric outcomes during delivery hospitalizations among obese pregnant women in the United States. Sci Rep. 2022;12(1):6862. doi:10.1038/s41598-022-10786-9
  8. Obesity and reproduction: a committee opinion. Fertil Steril. 2015;104(5):1116-1126. doi:10.1016/j.fertnstert.2015.08.018
  9. Catalano PM, Shankar K. Obesity and pregnancy: mechanisms of short term and long term adverse consequences for mother and child. BMJ. Published online February 8, 2017:j1. doi:10.1136/bmj.j1
  10. Weir TL, Majumder M, Glastras SJ. A systematic review of the effects of maternal obesity on neonatal outcomes in women with gestational diabetes. Obesity Reviews. 2024;25(7). doi:10.1111/obr.13747
  11. Black RE, Victora CG, Walker SP, et al. Maternal and child undernutrition and overweight in low-income and middle-income countries. The Lancet. 2013;382(9890):427-451. doi:10.1016/S0140-6736(13)60937-X
  12. Fall CHD, Fisher DJ, Osmond C, Margetts BM. Multiple Micronutrient Supplementation during Pregnancy in Low-Income Countries: A Meta-Analysis of Effects on Birth Size and Length of Gestation. Food Nutr Bull. 2009;30(4_suppl4):S533-S546. doi:10.1177/15648265090304S408
  13. Christian P, Mullany LC, Hurley KM, Katz J, Black RE. Nutrition and maternal, neonatal, and child health. Semin Perinatol. 2015;39(5):361-372. doi:10.1053/j.semperi.2015.06.009
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  18. Conselho Federal de Medicina (CFM). RESOLUÇÃO CFM No 2.314, DE 20 DE ABRIL DE 2022 – Define e regulamenta a telemedicina, como forma de serviços médicos mediados por tecnologias de comunicação. https://cremesp.org.br/?siteAcao=PesquisaLegislacao&dif=s.